quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

10 sugestões de livros para dar como prendas de Natal

Na altura do <strong>Natal</strong> as livrarias fervilham com inúmeros clientes à procura de livros. A verdade é que um livro raramente desilude. Se tem de dar uma prenda a um amigo leitor então nem precisa de pensar duas vezes: um livro é a escolha certa.

Porém, nem sempre é fácil perceber que tipo de livro o seu amigo vai apreciar. Nesse sentido, decidimos dar uma vista de olhos pelas lojas online e pelas tendências do momento, e fizemos uma seleção de 10 livros, a pensar em miúdos e graúdos, que certamente não vão desiludir.

Garanta a sua compra o mais rapidamente possível para receber a sua encomenda antes do <strong>dia de Natal</strong>!
<h2>10 sugestões de livros para dar como prendas de Natal</h2>
<h3><strong><a href="http://bit.ly/1NgjCbj" target="_blank" rel="nofollow">Astérix â€" O Papiro de César</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1NgjCbj" target="_blank" rel="nofollow"><img class="wp-image-8386 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/1.jpg" alt="prendas de natal" width="196" height="257" /></a>

Miúdos ou graúdos, a verdade é que os livros de banda desenhada de Asterix e Obélix nunca desiludem. Neste <strong><a href="http://bit.ly/1NgjCbj" target="_blank" rel="nofollow">mais recente título</a></strong>, agora assinado por <strong>Jean-Yves Ferri</strong> e <strong>Didier Conrad</strong>, Júlio César acaba de escrever a história das suas campanhas na Gália. O seu editor, Bónus Vendetudus, antevê um sucesso retumbante. Mas há um senão: o capítulo sobre as derrotas de César face aos irredutíveis Gauleses da Armórica. A conselho de Vendetudus, o capítulo é suprimido de forma a que todos pensem que César conquistou toda a Gália. Mas o Gaulês Gerapolémix, boateiro referenciado pela guarda imperial Romana, faz chegar aquele candente capítulo à aldeia de <strong>Astérix.</strong> Conseguirão os Gauleses fazer com que a verdade seja revelada ?
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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1TFCeTM" target="_blank" rel="nofollow">Harry Potter e a Pedra Filosofal - Ilustrado</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1TFCeTM" target="_blank" rel="nofollow"><img class="wp-image-8387 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/2.jpg" alt="prendas de natal" width="213" height="248" /></a>

Uma edição do <strong><a href="http://bit.ly/1TFCeTM" target="_blank" rel="nofollow">primeiro livro de Harry Potter</a></strong> que é muito especial. O ilustrador <strong>Jim Kay</strong> mostra-nos o universo de Hogwarts e todo o mundo da magia de <strong>J. K. Rowling</strong>, desde as personagens ao castelo, sem esquecer a cabana do Hagrid ou a mágica rua onde os feiticeiros fazem as suas compras, a Diagon-Al. No total são mais de 100 ilustrações que, mais do que contar a história com imagens, ilustram o texto e nos levam de novo ao universo de <strong>Harry Potter</strong>. J. K. Rowling, claro está, aprovou e aplaudiu cada uma das ilustrações. “Tocaram-me profundamente”, declarou a autora britânica num comunicado à imprensa. “Adoro a sua interpretação do mundo de Harry Potter. Sinto-me grata e honrada por ele lhe ter emprestado o seu talento”.
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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1TFChPF" target="_blank" rel="nofollow">O Diário de um Banana</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1TFChPF" target="_blank" rel="nofollow"><img class="wp-image-8388 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/3.jpg" alt="prendas de natal" width="170" height="250" /></a>

Podemos voltar a viver como nos velhos tempos? Esta é a grande dúvida do Greg, naquelen que é o 10.º volume do seu diário gatafunhado e ilustrado. Sempre com muito humor, Greg conta como a cidade resolveu voltar aos tempos da velha escola e mandou desligar todos os aparelhos eletrónicos. Mas, como devem calcular. Greg não parece feito para viver no antigamente, e a tensão aumenta, dentro e fora da casa dos Heffley. Conseguirá adaptar-se, ou será que a vida como era dantes é demasiado para ele? Um livro de <strong>Jeff Kinney</strong> que, dotado sempre de muito humor, alcança de forma humorística as faixas etárias mais jovem. Até mesmo quem não gosta de ler vai querer dar uma vista de olhos a <strong><a href="http://bit.ly/1TFChPF" target="_blank" rel="nofollow">O Diário de um Banana</a></strong>!

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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1QnGgiC" target="_blank" rel="nofollow">A Rapariga no Comboio</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1QnGgiC" target="_blank" rel="nofollow"><img class=" wp-image-8389 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/4.jpg" alt="prendas de natal" width="163" height="250" /></a>

<strong><a href="http://bit.ly/1QnGgiC" target="_blank" rel="nofollow">A Rapariga no Comboio</a> </strong>foi o livro mais vendido de 2015, na <strong><a href="http://amzn.to/1JClnv2" target="_blank" rel="nofollow">Amazon</a></strong>. Em 2016, chega o filme, cujo papel principal está a cargo de <strong>Emily Blunt</strong>. Entretanto, porque não presentear este livro? Este é um daqueles livros que se lê em dois ou três dias. Com cerca de 320 páginas, o livro parece um comboio que parte a um ritmo desenfreado e que avança aos solavancos, ameaçando descarrilar a qualquer momento. A história é contada sobre a perspetiva de três mulheres diferentes que têm algo em comum, apesar de nenhuma delas o saber. O desenlace da história acaba por proporcionar um momento de grande tensão que vem então com a resposta a todos os mistérios levantados ao longo dos capítulos anteriores.

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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1J07l76" target="_blank" rel="nofollow">O Amante Japonês</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1J07l76" target="_blank" rel="nofollow"><img class=" wp-image-8390 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/5.jpg" alt="prendas de natal" width="162" height="250" /></a>

<strong>Isabel Allende</strong>, a autora chilena conhecida de <strong>A Casa dos Espíritos</strong> e <strong>Paula</strong>, regressa em, 2015 com <strong><a href="http://bit.ly/1J07l76" target="_blank" rel="nofollow">O Amante Japonês</a></strong>. Este livro, que é um dos mais vendidos do ano, conta-nos uma história que tem como fundo a II Guerra Mundial. Em 1939, quando a Polónia capitula sob o jugo dos nazis, os pais da jovem Alma Belasco enviam-na para casa dos tios, uma opulenta mansão em São Francisco. Aí, Alma conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois brota um romance ingénuo, mas os jovens amantes são forçados a separar-se quando, na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família â€" como milhares de outros nipo-americanos â€" são declarados inimigos e enviados para campos de internamento.

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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1jTfFiq" target="_blank" rel="nofollow">As Flores de Lótus </a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1jTfFiq" target="_blank" rel="nofollow"><img class=" wp-image-8391 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/6.jpg" alt="prendas de natal" width="171" height="251" /></a>

<strong>José Rodrigues dos Santos</strong> é frequentemente comparado a uma versão portuguesa de <strong><a href="http://mundodelivros.com/inferno/" target="_blank">Dan Brown</a></strong>: e com motivos! No livro <strong><a href="http://bit.ly/1jTfFiq" target="_blank" rel="nofollow">As Flores de Lótus</a></strong>, o autor conta uma história passada no século XX, numa altura em que germinam as sementes do autoritarismo. Da Europa à Ásia, as ondas de choque irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias. Depois de assistir à queda da monarquia, o capitão <strong>Artur Teixeira</strong> vê as esperanças da República afundarem-se num caos de instabilidade. Adere à revolução militar e recebe uma missão: convencer Salazar a tornar-se ditador. Um romance histórico, polvilhado de factos verídicos e cuidadosamente confirmados, que se entrelaçam com uma história sensível e tocante.

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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1IJUawb" target="_blank" rel="nofollow">Vai e põe uma Sentinela </a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1IJUawb" target="_blank" rel="nofollow"><img class=" wp-image-8392 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/7.jpg" alt="prendas de natal" width="163" height="250" /></a>

Harper Lee, a autora de <strong>Mataram a Cotovia</strong> surpreendeu o mundo quando revelou que seria publicado um novo livro, intitulado <strong><a href="http://bit.ly/1IJUawb" target="_blank" rel="nofollow">Vai e Põe Uma Sentinela</a></strong>, com muitas das mesmas personagens do seu mais acalmado livro. A história decorre em meados da década de 1950, cerca de vinte anos mais tarde de Mataram a Cotovia. Scout, agora uma jovem mulher, regressa a Maycomb, sua terra-natal, para visitar o seu pai, Atticus. Porém, Scout vê-se forçada a confrontar-se com assuntos pessoais e políticos, bem como os seus próprios sentimentos relativamente ao local onde nasceu e passou a infância. Se este livro se vai tornar um clássico, como o seu antecessor, só o tempo o dirá.

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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1OWjS1C" target="_blank" rel="nofollow">Toda a luz que não podemos ver </a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1OWjS1C" rel="nofollow"><img class=" wp-image-8393 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/8.jpg" alt="prendas de natal" width="166" height="249" /></a>

<strong><a href="http://bit.ly/1OWjS1C" target="_blank" rel="nofollow">Toda a luz que não podemos ver</a> </strong>foi um livro que deu que falar em 2015, uma vez que o autor, <strong>Anthony Doerr</strong>, venceu o <strong><a href="http://mundodelivros.com/pulitzer" target="_blank">Prémio Pulitzer de Ficção</a></strong> por este mesmo título. A história concentra-se em Marie-Laure, uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição. Entretanto, cruzam caminhos com Werner Pfenning, um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola militar da Juventude Hitleriana. Um romance histórico e tocante que aborda muito mais do que o tema da pior guerra que devastou a Europa.

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<h3><strong><a href="http://bit.ly/1O05sig" target="_blank" rel="nofollow">Perdido em Marte</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1O05sig" target="_blank" rel="nofollow"><img class="wp-image-8394 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/9.jpg" alt="prendas de natal" width="149" height="215" /></a>

<strong><a href="http://bit.ly/1O05sig" target="_blank" rel="nofollow">Perdido em Marte</a></strong> de Andy Weir já recebeu uma versão cinematográfica e, apesar de ter sido publicado em 2014, só este ano ganhou o reconhecimento que lhe é devido. Este livro, que se lê muito rápido, conta-nos a história do astronauta Mark Watney. Tripulante da missão Ares 3 â€" a terceira missão tripulada a Marte â€", Mark Watney é deixado para trás pelos restantes membros da sua equipa, que o julgam morto depois de um acidente. Porém, uma vez que sobreviveu e está disposto a regressar à Terra, Mark procura uma forma de enfrentar as adversidades do planeta até que alguém o venha resgatar. Um livro que vale a pena ler antes de ver o <strong><a href="http://mundodecinema.com/perdido-em-marte/" target="_blank">filme</a></strong> que até já foi eleito como o filme do ano por Barack Obama.
<h3> <strong><a href="http://bit.ly/1MMxop8" target="_blank" rel="nofollow">A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha</a></strong></h3>
<a href="http://bit.ly/1MMxop8" rel="nofollow"><img class="wp-image-8395 alignleft" src="http://mundodelivros.com/wp-content/uploads/2015/12/10.jpg" alt="prendas de natal" width="161" height="243" /></a>

Lisbeth Salander, a personagem já bem conhecida da trilogia Millennium de Stieg Larsson, está de volta. A história de <strong><a href="http://bit.ly/1MMxop8" rel="nofollow">A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha</a></strong> é contada por um novo autor, David Lagercrantz, que assume o legado deixado por Larsson. De novo somos conduzidos a uma história cativante, atualizada para o mundo moderno e a realidade das redes sociais, que arrasta Lisbeth para uma conspiração que envolve a NSA, Inteligência Artificial, uma pessoa do seu passado e, claro está, o famoso jornalista Mikael Blomkvist. Para saber mais sobre esta obra, leia a crítica ao livro que foi publicada <strong><a href="http://mundodelivros.com/lisbeth-salander/" target="_blank">aqui</a></strong> no blog Mundo de Livros., 10 sugestões de livros para dar como prendas de Natal ,<a href="http://mundodelivros.com/prendas-de-natal/">Ler Artigo Completo</a>, %%url%%

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Bibliotecas alternativas levam conhecimento aos 4 cantos do mundo

Numa altura em que muito se fala de e-books ou da "exportação" de livros de bibliotecas tradicionais para a Internet, existem alguns países do mundo onde as obras literárias têm de percorrer quilómetros para chegaram às mãos de quem as lê. Neste artigo, falamos-lhe de bibliotecas alternativas, sejam elas modernas ou não. E se a sua obra chegasse no dorso de um camelo? Ou, se em vez de visitar a biblioteca da sua cidade, tivesse de esperar por um barco? Os casos são reais e, em pleno século XXI, servem como uma forma de combater a literacia em países, onde a informação é escassa e tarda a chegar. Se nalguns lugares as bibliotecas parecem ligeiramente atrasadas em relação ao seu tempo, noutros assistimos à implementação de novas tecnologias que revolucionam por completo o acesso à informação. Os livros deram lugar a tablets capazes de condensar todo o tipo de obras no mesmo aparelho e já nem sequer temos de nos levantar para tirar o livro da estante. Ao longo deste artigo, percorremos o globo à procura de exemplos diferentes de bibliotecas alternativas. Independentemente do tipo ou do motivo, todas se enquadram na categoria do diferente. No fundo, apesar de serem muito díspares, há um fator comum a todas têm em comum: levar a informação a todos os que a quiserem consumir.

4 Bibliotecas alternativas de todo o mundo

Bibliotecas com tração animal

mongólia-mundo-de-livros Com um longo histórico no que diz respeito à ultrapassagem de barreiras geográficas, as bibliotecas têm sido capazes de fazer com que a literatura chegasse a locais onde os livros ainda são encarados com alguma estranheza. Na Mongólia, um homem viaja nas costas de um camelo, transportando livros infantis pelas comunidades rurais do deserto de Gobi. Por sua vez, na Indonésia, encontramos uma iniciativa semelhante, mas desta vez a cavalo.

Bibliotecas móveis do Haiti

haiti-mundo-de-livros Depois do terramoto que abalou o país no ano de 2010, a iniciativa Libraries Without Borders (Bibliotecas Sem Fronteiras) resolveu lançar a primeira biblioteca móvel do Haiti. Atualmente, existem três veículos, cada um deles a cobrir as zonas da capital, Port-au-Prince, o Departamento do Norte e o Departamento do Centro. Na sequência do sismo, muitas bibliotecas ruíram ou fecharam. Apesar do óbvio impacto negativo da tragédia, esta foi uma oportunidade para fazer uma aposta mais forte na promoção cultural. As bibliotecas ambulantes têm uma parte infantil e outra para adultos; atualmente chegam a 6 mil pessoas, todos os meses.

Bibliotecas sobre a água

book boats laos As bibliotecas sobre a água são uma forma diferente de consumir literatura. Existem já várias iniciativas deste género, uma delas sobre o Tamisa, em Londres. No Laos (onde a realidade é bem diferente da metrópole britânica), mais precisamente nas nas águas do Mekong, flutua uma livraria para crianças com cerca de mil obras. O rio percorre todo o país, sendo que as crianças podem alugar livros, levá-los para casa e devolvê-los antes que o barco deixe a sua cidade.

Bibliotecas sem livros

bibliotech-library As bibliotecas sem livros são já uma realidade nos Estados Unidos. Em vez de prateleiras poeirentas, aqui encontramos tablets, computadores e e-readers. A primeira experiência ocorreu em San Antonio, no Texas, e apresenta como vantagens o facto de ser possível várias pessoas consultarem o mesmo livro, ao mesmo tempo. À luz do que hoje conhecemos, podemos prever que, no futuro, as bibliotecas passem a partilhar diferentes conteúdos, tornando-os acessíveis a partir de qualquer lugar do planeta. Quem sabe, talvez um dia se construa uma base global de conhecimento que permita disponibilizar todos os livros para toda a gente. A temática das bibliotecas improváveis foi explorada por Alex Johnson, num livro, de 2015, chamado Improbable Libraries., Bibliotecas alternativas levam conhecimento aos 4 cantos do mundo ,Ler Artigo Completo, %%url%%

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O Psicanalista: um thriller que explora os recantos da mente humana

John Katzenbach é escritor, mas antes de o ser trabalhou como jornalista da secção crime de duas publicações de renome de Miami, o Miami Herald e o Miami News. O contacto diário com realidades que desafiavam a ficção mais rebuscada serviu de ponto de partida para o início de uma carreira como escritor de policiais. O Psicanalista foi lançado, em 2002, e é dele que falamos neste post. A narrativa começa no dia do 53.º aniversário do protagonista, um psicanalista chamado Frederick "Ricky" Starks. Isolado depois da morte da mulher e com pouca família, Frederick é um homem só que se dedica maioritariamente ao seu trabalho. o-psicanalista-john-katzenbachA vida pacata e sossegada que mantém leva uma reviravolta quando recebe uma mensagem: se dentro de duas semanas não tiver adivinhado quem seria o remetente, que assinava como Rumplestiltskin, seus familiares iriam começar a ser assassinados, um a um. Isto a menos que Ricky optasse por outra via e, caso não descobrisse quem era o homem mistério, se suicidasse. Começa assim uma verdadeira caça ao homem num thriller, onde os acontecimentos se sucedem a uma velocidade frenética. Com um clima tenso, frio e calculista, o livro leva-nos a uma viagem pelos mecanismos da mente humana. Repleto de mistérios que se acumulam e interligam, O Psicanalista é um livro inteligente que aborda assuntos como a vingança ou o ponto até alguém é capaz de ir um determinado motivo. Ao longo do das páginas, encontramos também Virgil e Merlin, dois ajudantes misteriosos que servem de intermediário entre Rumplestilskin e Frederick. A certo ponto, dá-se uma inversão dos acontecimentos. Depois de inicialmente não conseguir descobrir a identidade do autor da carta, Starks acaba por fingir a sua própria morte, passado de presa a caçador. A partir daí, inicia-se a demanda do psicanalista para reaver a sua própria identidade e descobrir quem estaria por detrás do esquema e por que motivo ele estaria a ser castigado. Durante todo o processo, recordamos episódios do passado e relembramos a esposa que havia falecido, mas que continuava a ser uma parte importante da vida de Frederick.

O Psicanalista: a história de Rumpelstilskin

Repleto de voltfasts, O Psicanalista é descrito como um policial sobre questões como a própria existência e a identidade. De acordo com o Washington Post, este é um livro “em parte thriller, em parte tratado existencial, em parte registo freudiano do inferno”. O jornal elogia o “ritmo tenso, com impecável sentido de tempo”, salientando a "prosa ágil de Katzenbach" que "é densa em atmosferas". A história está repleta de meandros e simbolismos. Aliás, não fosse o próprio Rumplestilskin o nome de uma das personagens dos contos dos Irmãos Grimm. Segundo reza a história, umm moleiro quis impressionar o rei, com quem queria casar a filha, que ela conseguia transformar palaha em ouro. Como resultado, o rei mandou chamar a rapariga, fechou-a numa torre com palha e disse que teria de a transformar em outro. Caso não o conseguisse dentro de 3 dias, seria executada. Assustada, a rapariga já tinha perdido a esperança quando encontra um duende que a ajuda e realmente transforma a palha em ouro em troca do colar. No dia seguinte, a criatura pede-lhe o anel. Na terceira noite, o duende disse que transformaria a palha em ouro em troca do primeiro filho que ela tivesse. A rapariga acedeu. Impressionado com a transformação que julgava ter sido feita pela filha do moleiro, o rei decidiu casar-se com a rapariga. Quando o primeiro filho nasceu, o duende voltou para reclamar o prémio. Inconsolável, a moça, agora rainha, ofereceu todas as suas riquezas, mas estas não eram suficientes. O duende propôs então que se a rainha adivinhasse o seu nome dentro de 3 dias, ele desistiria da criança. Na primeira noite, a rainha falhou, mas na segunda tudo foi diferente. Um mensageiro tinha ouvido o duende a cantar junto à fogueira: “Hoje eu frito, amanhã eu cozinho!/ Depois de amanhã será o filho da rainha/ Coisa boa é ninguém saber/ Que meu nome é Rumpelstiskin!”. O mensageiro contou à rainha que, assim, adivinhou o nome do duende e ficou com o filho., O Psicanalista: um thriller que explora os recantos da mente humana ,Ler Artigo Completo, %%url%%

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Hermann Scheer explora o conceito de Economia Solar

Parece não haver dúvidas: graças ao aquecimento global, o perigo das alterações climatéricas está cada vez mais eminente. O fenómeno da globalização estendeu-se à economia e, sendo assim, tudo aquilo que afeta o outro lado do mundo tem consequências diretas na vizinhança mais próxima. Como sabemos, a maior parte da energia consumida pela população mundial é gerada a partir de combustíveis fósseis, cujas substâncias poluentes podem resultar numa rutura ambiental com reflexos nos mais diversos campos da sociedade. Ao ritmo dos dias de hoje, as necessidades de consumo energético têm levado a um desenvolvimento industrial que culmina numa sobre-exploração dos combustíveis fosseis. O resultado é um cenário pouco positivo, em que as probabilidades de ficarmos sem energia aumentam a cada minuto. A ideia passa, por isso, por criar alternativas às formas tradicionais de produzir e consumir recursos energéticos. Falamos, obviamente, de fontes renováveis, das quais se destaca a energia solar. E é neste contexto que importa falar de The Solar Economy: Renewable Energy for a Sustainable Global Future de Hermann Scheer. O livro inclui uma lista de factos sobre energia solar, assim como uma amostra dos vários tipos de recursos renováveis que existem no mercado. Mas este é só um início de uma obra que defende a necessidade e as vantagens de criar aquilo que chamamos de Economia Solar. Indicado tanto para especialistas como para iniciantes, The Solar Economy: Renewable Energy for a Sustainable Global Future dá uma resposta clara e completa a todos os que querem saber mais sobre energias limpas.

The Solar Economy de Hermann Scheer

the solar economyConsiderado como um dos livros mais importantes sobre recursos renováveis, The Solar Economy, de Hermann Scheer, foi inicialmente lançado no ano de 2004. Ainda que desde então tenha havido um grande desenvolvimento do nicho de mercado solar, tudo aquilo que o autor alemão afirmou é aplicável aos dias de hoje. De acordo com alguns especialistas, este é mesmo 'o livro mais importante do século XXI'. Muito embora isto seja discutível, a verdade é que a mensagem deixada nas páginas de The Solar Economy merece, sem dúvida, ser lida. O livro fala de futuro, deixando claro que é importantíssimo levar a cabo uma nova revolução industrial onde os combustíveis fósseis são substituídos por energias limpas e renováveis. O resultado seria uma nova ordem global, onde uma consciência ambiental se aplica às diversas áreas da sociedade, da política à economia. Ao apresentar factos de forma científica e não exagerada, The Solar Economy foi capaz de se destacar dos outros livros do género, onde se apresentam versões exageradas da realidade, quase próximas às de um cenário apocalíptico. Pelo contrário, o livro é indispensável para todos aqueles que querem entender a relação que existe entre o ambiente e a economia. Destacando a importância da energia solar, o autor sublinha que existe um leque muito alargado de fontes renováveis que podemos usar. Ao longo do livro, são exploradas todas as suas potencialidades, nomeadamente no que diz respeito à sua eficiência e custos. A par disto, há também uma comparação com a indústria petrolífera.

Quem foi Hermann Scheer?

Hermann Scheer destacou-se como autor, criador de novas políticas e líder global no campo das energias renováveis. Toda a sua vida, o alemão trabalhou para que se criasse uma consciência global virada para a importância da sustentabilidade. Hermann Scheer faleceu no ano de 2010. Tinha então com 66 anos. Membro do parlamento alemão desde o ano de 1980, Scheer foi presidente do EUROSOLAR â€" uma associação europeia sem fins lucrativos para as energias renováveis â€" e do World Council for Renewable Energy (WCRE). Nas próprias palavras do autor, a sua motivação era a 'compaixão pela justiça social causada pela ideia de que está a fazer aquilo que é certo. O meu objetivo nunca foi tornar-se um cidadão privado e individual, sempre quis participar, desenvolver e desenhar a sociedade'. O trabalho nacional e internacional valeu a Hermann Scheer várias distinções. Entre elas, o prémio da revista TIME, que criou um lista dos Heróis do Século Verde. Em 1998, o autor de The Solar Economy venceu World Solar Prize e, em 1999, o Right Livelihood Award (considerado como 'o prémio Nobel Alternativo')., Hermann Scheer explora o conceito de Economia Solar ,Ler Artigo Completo, %%url%%

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Guerra dos Tronos: os desabafos de um fiel leitor

Antes da série, havia os livros. Antes da fama, havia apenas um simples escritor com uma boa história. Ante de longas filas para receber autógrafos, não havia fãs suficientes para encher uma pequena sala. Mas agora a realidade é outra. Neste artigo, faço a minha análise geral à saga que deu origem à série da HBO A Guerra dos Tronos, oficialmente chamada de As Crónicas de Gelo e Fogo e desabafo um pouco a minha frustração no que toca a duas ou três coisinhas. Corria o ano de 2008 quando decidi comprar o livro A Guerra dos Tronos. Foi um daqueles livros que me chamou a atenção pela capa. Ao passar pela secção de Fantasia da Fnac, peguei no livro e li a sinopse. Isso foi mais do que suficiente para me convencer a sair da loja com o livro e para que o lesse num abrir e fechar de olhos. Sabem aqueles livros que prendem? A Guerra dos Tronos, para mim, foi um desses livros. Nos meses que se seguiram, fui lendo compassadamente cada um dos livros. Tinha percebido então que o primeiro livro tinha sido lançado em 1995 e que até 2008 só tinham sido lançados outros 3 livros de uma saga que, supostamente, será composta por 7 volumes (George R. R. Martin admite a possibilidade de existir um 8.º livro, caso a história se alongue). Porém, de livro para livro, Martin tem demorado cada vez mais tempo a escrever. Em 2011, o lançamento do quinto livro A Dança dos Dragões coincidiu com o início da série da HBO. Com um elenco de luxo, a série não só provou ser um sucesso para os leitores como também para  novos fãs. Eu, como tantos outros, decidi ver a série, conciliando o que sabia dos livros com o que via na televisão. Ao longo de 50 episódios fui aceitando desvios que os produtores fizeram à história. A série é uma adaptação dos livros e é normal que haja diferenças. Ok, tudo bem. No entanto, o que me custa realmente aceitar é que os fãs saibam o final da história a partir do ecrã  e não das páginas de um livro. É disso mesmo que quero desabafar.

Guerra dos Tronos: mas afinal, o que é isto?

Comecemos pelo início. Afinal, o que há em A Guerra dos Tronos que coloca a história nas bocas do mundo? a-guerra-dos-tronos-george-r-r-martinPrimeiro, o arranque da saga é excelente. No primeiro livro A Guerra dos Tronos somos apresentados à família Stark â€" responsáveis pelo governo do vasto território do Norte de Westeros â€" que se preparam para receber a visita do rei Robert Baratheon. Mas a visita tem um propósito: o rei Robert pretende convidar Lorde Eddard Stark para se juntar a ele na capital como Mão do Rei, um importante cargo político. Isto acontece após a morte do anterior Mão do Rei, que aconteceu sobre estranhas circunstâncias. Nos primeiros capítulos Eddard Stark é confrontado com o dilema de aceitar ou não a oferta. Acaba por aceitar o cargo quando uma carta secreta chega a Winterfell, revelando que o anterior Mão do Rei foi morto por envenenamento pela família da rainha, os Lannister. Homem honrado, Eddard decide que o melhor que pôde fazer é viajar para a capital e investigar os Lannister, a família mais poderosa do reino, e perceber que jogo andam a jogar. E, de imediato, as personagens são atiradas para uma teia de conspirações, segredos e jogos de poder que culminam, no final do primeiro livro, num momento de que ninguém estava à espera e numa guerra sangrenta. Mas do outro lado do Mar Estreito, nas Cidades Livres, temos também a história de Daenerys Targaryen e do seu irmão Viserys, dois jovens pedintes que sonham com o Trono de Ferro â€" a cadeira onde se senta o rei de Westeros. Mas porque sonham estes Targaryen com o Trono? Porque há muitos anos, quando Daenerys estava ainda por nascer, era o seu pai que ocupava esta hedionda cadeira. Consumido pela loucura, o seu reinado terminou quando Robert Baratheon iniciou uma rebelião, obrigando os Targaryen sobreviventes a fugir. E tudo indica que Daenerys tenha uma hipótese de recuperar o trono do seu pai. Após um casamento estratégico com um homem selvagem, Daenerys consegue arranjar para o irmão um exército constituído por milhares de homens. No final do livro, no entanto, consegue chocar três ovos de dragões… e quem tem dragões consegue fazer tudo, não é verdade? a-dança-dos-dragões-george-r-r-martinNão, talvez não seja assim tão fácil. Nos dois livros que se seguem, A Fúria dos Reis e A Tormenta de Espadas, George R. R. Martin prova-nos que o número de homens de um exército, ou o facto de termos dragões ou não, não é suficiente para ganharmos uma guerra. O caminho mais honrado nunca é o caminho que garante uma coroa. É preciso saber jogar o Jogo dos Tronos e pensar a longo alcance. Seguir o coração em vez de honrar compromissos é também um luxo a que não nos podemos dar se temos uma coroa na cabeça… e se não a queremos perder. Em A Tormenta de Espadas atingimos o clímax máximo da saga. A Guerra dos Cinco Reis, iniciada no final do primeiro livro, perde quase todos os Reis que deram o nome ao conflito e os sobreviventos ainda lutam para garantir o seu lugar no reino. George R. R. Martin prova também aos leitores que não tem medo de matar personagens, especialmente aquelas de quem mais gostamos. O ritmo do livro 4 e 5, O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões abranda um bocado. Os fãs que esperavam mortes e cenas chocantes ficam desiludidos, entre os quais eu mesmo, por encontrarem agora um registo mais lento que envolve mais diplomacia do que propriamente ação. Nota-se que o escritor está a deixar que as suas personagens se preparem para algo grande que acontecerá em Os Ventos do Inverno.

Guerra dos Tronos: são spoilers os verdadeiros vilões desta história

O problema que me tem atormentado recentemente é que a série televisiva está antecipar a história. Apesar de terem mudado o rumo de muitas personagens, os realizadores da série já confirmaram que a ideia é chegarem ao mesmo final que George R. R. Martin planeou para As Crónicas de Gelo e Fogo. Os que preferirem ler o livro, podem certamente deixar de ver a série, se é que alguma vez viram. No entanto, falando por experiência pessoal, sei que mesmo que não visse a série acabaria por saber a história que ainda não foi revelada nos livros. Como? A praga dos famosos spoilers, o nome atribuído à informação crucial que estraga uma história para quem ainda não a conhece. Tais spoilers iam-me aparecer no Facebook, em sites de entretenimento que costumo visitar para consumir notícias e até mesmos nos telejornais televisivos de canais nacionais. Um momento surpreendente no final da 5.ª temporada mereceu uma reportagem da SIC, por exemplo. Por isso, percebi que tinha um dilema: ver a série ou esperar que alguém me estrague a história. Absolutamente fã d'A Guerra dos Tronos, quero assistir ao desenrolar da história e ver o que as personagens fazem, seja pela televisão ou pelo livro. Não quero que ninguém me venha contar o que aconteceu. Em forma de desabafo, lamento que o autor e os produtores da HBO não tenham pensado estrategicamente sobre esta questão. O ideal seria que a série tivesse começado na mesma altura em que sair o sexto livro. Estimando que o escritor demora cerca de 6 anos para escrever um livro, isso dava tempo o suficiente para que a série explorasse toda a história dos livros sem estragar para os leitores aquilo que ainda não foi publicado. Talvez, quem sabe, chegassem a coincidir o final da série com o lançamento do último livro? Se fosse eu no Trono de Ferro de todas estas decisões, era exatamente isso que teria feito., Guerra dos Tronos: os desabafos de um fiel leitor ,Ler Artigo Completo, %%url%%

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

7 casas que inspiraram grandes escritores

Grandes autores não foram feitos apenas por sorte. Por detrás de cada máquina de escrever existiu sempre uma história pronta a criar outras histórias. E, como em qualquer história, a vida destes autores contou com intrigas, personagens, romance e, claro, sítios extraordinários que foram passados a tinta e papel. É por essa mesma razão que neste post falamos de 7 grandes autores da literatura internacional e nos focamos em casas que inspiraram de tal forma as suas obras que ainda hoje é possível encontrar referências óbvias. Em alguns casos, como poderemos ver, estas casas não foram realmente os lares de autores mas foram apreciados de longe e serviram de inspiração. Outros foram o cenário perfeito para as mais puras extravagâncias. E há ainda aqueles que, mesmo depois da vida, continuaram a repousar no sítio que os viu crescer.

Casas que inspiraram a escrita dos seus escritores favoritos

George Eliot

eliot Nascida com o nome de Mary Ann Evans, esta célebre autora britânica preferiu escolher o pseudónimo George Eliot para assinar os seus livros, nome pela qual é ainda hoje recordada. Quando era jovem, cresceu perto de Arbury Hall, onde o seu pai trabalhava como caseiro e, mesmo distante do mundo da alta sociedade, assistia de longe a tudo o que acontecia na enorme mansão gótica. Interessada pela história do próprio edifício, Eliot fez as suas investigações e fê-las passar para o papel. Nunca imaginou que os seus livros viriam um dia a estar na biblioteca de Arbury Hall, que tantas vezes visitou na companhia do pai.

Jane Austen

jane austen Conhecemos Jane Austen dos romances clássicos como Orgulho e Preconceito, Sensibilidade e Bom Senso e Emma. No entanto, sabia que a própria Jane Austen viveu numa quinta muito parecia com aquela habitada pela personagem Elizabeth Bennet? Com o nome de Chawton, a casa é hoje um museu e retém no ar a atmosfera da típica casa de campo. O banquinho de três pernas, na sala de estar, onde Jane se sentava para escrever, ainda continua lá à vista de todos.

Agatha Christie

Com uma excelente vista para o rio Dart, em Devon, a casa Greenway pertenceu durante alguns anos a Agatha Christie. Esta casa de estilo georgiano chega até a estar presente em algumas das suas obras e foi o cenário principal de algumas pré-publicações de Christie. A Rainha do Crime, como é ainda hoje chamada, costumava ler capítulos inéditos do policial que estava a escrever e testava-os junto da família e amigos, para perceber se alguém conseguia perceber quem era o assassino.

Lord Byron

byron A Abadia de Newstead conta com uma paisagem incrível: lagos, jardins e um parque excelente para passeios em família. Em 1798, estava quase em ruína quando Lord Byron herdou a propriedade, tinha então 10 anos. Após a remodelação da casa, o poeta fez desse o seu lar ancestral, organizando festas, partidas de tiro ao alvo nos corredores e trazendo para dentro das suas paredes ursos e lobos domados.

Alexandre Dumas

dumas Já todos conhecemos a história do clássico livro de Alexandre Dumas O Conde de Monte-Cristo. Mas sabia que o próprio autor viveu numa casa que se chamava Château de Monte-Cristo? Na verdade, quem não conhecer a história pode-se enganar facilmente. A casa foi nomeada em homenagem ao livro e não o contrário. Infelizmente, as coisas não correram muito bem a Dumas. Apesar da casa ter sido construída em 1846, foi vendida dois anos mais tarde, uma vez que o escritor francês não tinha dinheiro suficiente para a manter. Na altura, a extravagância de Dumas atingiu tais proporções que chegou a construir uma segunda casa, junto à principal, onde se ocuparia apenas à escrita.

Goethe

goethe A casa Goethe, em Frankfurt, Alemanha, foi a residência de Johan Wolfgang von Goethe, o célebre autor alemão de livros como Fausto e Torquato Tasso. Na sua autobiografia Out of my life: poetry and truth, o autor foca-se em especial nos anos que viveu aqui, até toda a família deixar a casa em 1795. Recentemente,  a casa foi transformada num museu que presta homenagem à obra de Goethe e à arte da época.

Tolstoy

tolstoy A propriedade Yasnaya Polyana pode não dizer muito por si só, mas na verdade este é o nome do local onde Lev Tolstoy passou a maior parte da sua vida e onde escreveu alguns dos clássicos mais célebres da literatura mundial, como Guerra e Paz e Anna Karenina. Propriedade da família do escritor russo desde o início do século XIX, foi nesta casa que Tolstoy nasceu, viveu e está atualmente sepultado., 7 casas que inspiraram grandes escritores ,Ler Artigo Completo, %%url%%

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Henry Miller: um mestre imortal da Literatura mundial

Nascido no dia 26 de dezembro de 1891, Henry Miller é hoje relembrado como um dos nomes mais importantes da história da literatura, apesar de grande parte da sua obra mais emblemática ter sido banida nos EUA. De ascendência alemã, cresceu entre a classe operária de Brooklyn, brincando com a irmã na alfaiataria que o pai mantinha e onde atendia os seus clientes. Mais tarde, esses dias da infância de Henry Miller seriam descritos por ele mesmo como difíceis, apesar de essenciais para aprender a 'viver na rua'. Na escola, provou ser um estudante brilhante e muito talentoso, com um apetite voraz para a literatura. Clássicos e histórias de aventuras estavam entre os livros preferidos na sua estante. Chegada a hora de prosseguir para o ensino superior, enveredou para o City College of New York. O sistema tradicional de educação aí ministrado não foi, no entanto, do seu agrado. Incapaz de se resignar a tal sistema, lançou-se para o mercado de trabalho, aceitando empregos que estavam aquém daquilo que desejava. Este não foi um período tranquilo. A nível pessoal a vida de Henry Miller foi sempre muito intensa e atribulada, marcando de forma indelével a sua obra posterior. Em 1917, casa com Beatrice Sylvas Wickens, casamento que dura apenas até 1923 e do qual resulta uma filha. Entre os motivos apontados para o divórcio, o mais determinante terá sido o caso com Jane Mansfield, uma dançarina por quem Henry Miller se apaixonou e com quem viria de facto a casar em 1924. Tais enlaces amorosos influenciaram profundamente a sua escrita, como está demonstrado em Moloch, na sua autobiografia e ainda no trabalho Crazy Cocks, que tem como enfoque a relação lésbica que a esposa manteve com a artista Jean Kronski. Segue-se um período em Paris, entre 1930 e 1939 que provou ser determinante para a carreira de Henry Miller e que acabou por ter de novo impacto na sua vida pessoal e profissional. Ao conhecer Anaïs Nin, a famosa autora nascida e residente em Paris, inicia (mais) uma relação amorosa extraconjugal. Por essa altura, dedica-se a escrever a obra que definitivamente colocou Henry Miller entre os maiores nomes da literatura. O livro Trópico de Câncer, cuja impressão foi mais tarde financiada pela própria Anaïs Nin, significou também o final do segundo casamento do escritor norte-americano, que se divorcia por procuração em 1934.

Henry Miller e o sucesso (banido) de Trópico de Câncer

O seu livro Trópico de Câncer, uma espécie de relato semi-autobiográfico onde dá conta das suas experiências em Paris, esteve banido durante mais de 30 anos nos Estados Unidos da América e no Reino Unido. Com um cariz profundamente sexual, esta obra é sem dúvida o grande marco da carreira de Henry Miller e a polémica instalada, como seria de esperar, converteu o documento num best seller e, mais tarde, num dos clássicos da literatura do país que tanto o criticou. Em 1940, alguns meses após o início da II Guerra Mundial, Henry Miller fez as malas e regressou ao país natal. Durante esse período escreveu críticas satíricas sobre os EUA, tecendo os seus próprios comentários pessoais e baseando a sua escrita naquilo que viveu. Títulos clássicos da obra do autor, como The Air-Conditioned Nightmare, Remember to Remember e Big Sur and the Oranges of Hieronymus Bosch, foram escritos nesta altura. Na sua autobiografia The Rosy Cucifixion mostra de perto os desafios que o comum escritor americano tem de enfrentar para alcançar o sucesso. A sua visão chocante e por vezes ofensiva, sempre com intenção de usar a liberdade de expressão para mostrar a verdade, abriu caminho para a Beat Generation. Mas, repetindo, a vida pessoal de Henry Miller foi intensa, demasiado intensa. Depois de dois casamentos fracassados e vários casos que alegadamente manteve, ainda voltou a casar mais três vezes. Em 1980, com 88 anos, morreu devido a problemas circulatórios. Por essa altura, encontrava-se a colaborar com o ator e realizador Warren Beatty no filme Reds, que acompanhava a história de um jornalista americano com uma visão muito radical e que se encontrava a cobrir a Revolução Russa., Henry Miller: um mestre imortal da Literatura mundial ,Ler Artigo Completo, %%url%%